Boa Sorte aos candidatos!
(Votação encerrada)
Votação válida até dia 16|11|2015
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SABE O QUE É MEIO AMBIENTE?
Quando se fala em meio ambiente, logo se pensa em grandes florestas, oceanos, grandes animais, etc; E nos esquecemos que toda essa diversidade começou com seres que eram invisíveis e que só foram reconhecidos milhões de anos depois.
E o que dizer da química? Quem disse que o que é químico não pode ser bio?
Com o surgimento das bactérias, que eram unicelulares, através de processos químicos envolvendo tais bactérias, água, gases atmosféricos, minerais presentes nas rochas, levou o aparecimento de matérias orgânicas e assim surgiram os primeiros fenômenos criados pela natureza que denominamos processos biofisicoquímicos.
Esta evolução ao se passarem bilhões de anos é o que chamamos hoje de meio ambiente.
Se você acha que está agindo ecologicamente correto, experimente deixar sua casa por um ano sem cuidados, sem limpeza, sem manutenção adequada e você verá o
que vai acontecer com ela.
O Planeta Terra é a nossa casa, o meio ambiente é a nossa vida.
Julio Cesar Cruz - 2mam3
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Uma Flor no Cemitério
Vi uma flor no cemitério,
Quente, branda e inocente,
Sem malditos nem mistério
Cresce veementemente.
No térreo do edifício de corpos,
Desafia a donzela o pendor da natureza,
Crescendo das cinzas, do vácuo...
Floresce a rosa na necrópole.
Homenageando teus vizinhos pagãos,
Banhada em sangue, vermelhecente.
O triunfo retumbante,
Das catacumbas moribundas,
O perdão do homem traído,
Da terra ressoa o grito da moça.
Sua garganta, intacta.
Nesta casa, onde a mãe de todos,
Não atura filhos ávidos,
Cantando baixo em voz acintosa,
Para que estes assim durmam,
Frios, secos, mórbidos.
Desta terra pobre,
Que forças faz brotar
Tal linda forma de vida?
De onde vêm tais sentimentos,
Que constituem os zelosos espinhos
Da esplêndida Dama Espanhola?
Direis então,
Sem a certeza de expor a própria graça
Deste solo estéril,
De alma vaga e clandestina,
A história de seus defuntos
Alimentam o coração da rosa,
Esta, a nobre mensageira,
De que os corações ali não pulsam,
Contudo os olhos ainda choram,
E vêem a luz que ao meio dia
Passa breve,
Por entre as rachaduras dos velhos jazigos.
Vi a flor do cemitério
Quente, branda e inocente,
Nos malditos eis seu mistério
Cresce fervorosamente.
Ali há vida! Há morte! Há esperança.
Esperança! Eis a palavra.
O amor que inda hoje transpira,
Alimenta a flor.
Os risos há tempos ocorridos.
O calor de quem tenta voltar.
Em faces,em pétalas,
Está o tapa.
Em sua carne a prova viva,
De que no cemitério do cheiro mais sórdido.
Da névoa mais densa e fria,
Ainda ecoa a flor,
A guerreira transcendente dos séculos.
Gabriel Trindade - 2MIN1
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A
insustentável leveza do ser
O
estado de ser está diretamente relacionado com as infinitas possibilidades de
pensamento, corpo, alma e natureza. Entender estes estados é capacidade
inerente aos seres denominados humanos.
Seres
com encéfalo altamente desenvolvido, esta ferramenta de percepção nem sempre
acompanhou o homem quando se referia aos por quês de sua existência, seu
funcionamento prematuro consistia basicamente em pensar como se proteger e
alimentar-se nos primórdios das eras.
Hoje
através das portas desta percepção muito do pensamento humano evoluiu, contudo
as questões fundamentais do próprio estado de ser estão esquecidas para os
atributos do “ter”.
A
era informatizada trouxe avanços e facilidades, porem escravizou o pensamento
da humanidade que sofre sem saber qual é o sentido da existência, ludibriada
com conceitos que abafam e sufocam o pensamento, simplesmente aceitando a
promessa de uma existência futura e de um pai imaginável que irá realizar seus
desejos de felicidade em algum lugar no além.
Porem
somos constituídos de uma massa com inteligência intuitiva criada desde a
formação do nosso planeta, essa massa que demos o nome de corpo físico agora
grita sufocada pela opressão do pensamento que a certo modo se robotizou. Esse
corpo quer conexão novamente, existe uma inteligência em cada átomo de nossas
células que se rebelam e a todo custo manifestam seu querer.
Algumas
das reações desencadeadas pela inteligência empírica de nosso organismo, está
manifestada nas diversas doenças que acometem os seres humanos, sua imunidade
ao longo dos anos tem decaído, sua existência hoje pode ser considerada subsistência,
e a qualidade de vida que muitos relacionam com o poder aquisitivo esta longe
de gerar a longevidade inerente ao processo.
O
índice de depressão assola todo o planeta e esta claro que se tornará o mal do
século, pois está insustentável o modo de vida que nossa espécie esta traçando
dia a dia. Porem deve-se dizer que este estado de mente ao contrário do que
parece ser lamentável, é a grande oportunidade de liquidar os preconceitos
adquiridos e concentrar-se apenas no que é mais importante à própria existência
e suas diversas possibilidades de criar e participar.
No
entanto não existe um caminho especifico para se trilhar, devido à complexidade
de cada individuo, no entanto toda contribuição para conectar o ser, como um
universo completo e equilibra-lo requer especialidades. Todavia pacientes com
diagnósticos de depressão acabam recebendo tratamento de doença mental e sendo
por sua vez intoxicado por remédios e intensificando seu estado precário.
A
meu ver existe em alguns casos a necessidade de ministrar medicamento sim, mas
o processo será reforçado apenas quando podemos promover uma terapia em que
seja introduzido no dia a dia dessas pessoas o contato com a natureza, através
de hortas, esportes ao ar livre, exercícios de respiração para conhecimento do
corpo, culinária natural, etc.
Todos
nós com os olhos fechados sem nenhuma sombra de duvida sentimos uma batida
igual, o ar que respiramos é o mesmo, nosso corpo é formado através de um mesmo
principio, nosso paladar tem as mesmas quantidades de papilas degustativas e
reagem da mesma maneira a cada sabor e nem por isso deveríamos ser tratados como números por um
processo de pensar, esse conceito esta insustentável para um ser leve e
definitivamente perfeito.
Elisa Araujo da Silva - 1° MAM
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Coração Cariri
1963...Nasci.
Meu pai, Pernambuco, minha
mãe, Alagoas...
Fui recebido com alegria.
Sangue Nordeste, nasci
Sudeste.
Nasci São Paulo, da garoa,
do trabalho, do vai e vem de gente apressada,
Sem tempo pra abraço ou carinho.
Da negrura do asfalto, do
cinza do arranha-céu...
Coração concreto!
Nasci Sudeste, mas meu
coração não é daqui
É da Feira de Caruarú, dos
bonecos de Olinda,
Do suor e sangue do
Pelourinho,
Das águas de Paulo Afonso...
“- O que é que a baiana tem?”
– perguntou Dorival.
Tem cultura, tem sangue...
Hoje tem lágrimas de
saudades pelos filhos que agora não vê...Viraram São Paulo e se foram.
Na secura do agreste, a água
sobra no suor da peleja,
Na plantação de mandioca,
milho, feijão de corda,
No esperar o inverno... Ah!
A chuva!
No receber o estrangeiro
como amigo que há tempos não vê,
Água não falta na hora de
dizer com um abraço
Da alegria de receber
“cidade grande”...
Mas na secura do
asfalto faltou “água” pra receber quem
construiu...
No cinza do concreto faltou
acolher quem levantou...
O gelado da garoa não
aqueceu João, Maria, José, Raimundo, Severino...
- Cadê painho? Tô com
fome...
Choro de criança nordeste,
escondida no barraco sem teto nem chão.
“As aves que aqui
gorjeiam...” um dia serão livres
Nasci Sudeste, mas meu
coração é do Agreste.
É do Jalapão, de
Pajuçara, de Canoa Quebrada...
Quem conserta?
Ele grita e chora
saudades...
Vivo preso em cimento e aço,
mas meu coração é livre
No voo sozinho da
ararinha-azul do Sertão baiano,
Corre nas águas do Velho
Chico,
Venta no Cabo Branco,
Descansa em Porto Seguro,
Sonha Boa Viagem...
No silencia da Caatinga, o
vento fala:
- Cariri!!
Irmão índio me ensinou que é
silêncio na sua língua
E meu coração aprendeu:
- Silêncio!
Meu coração “agreste” se
intriga com a jia na cacimba,
Come o fruto do mangue,
guaiamum,
Bebe água de coco em
Candeias e se perde no Capibaribe...
Meu coração é pintado em São
Luís, Luta em João Pessoa,
Liberta em Salvador, tira o
chapéu em Juazeiro...Tradição!
No Ceará é Fortaleza... Em
Sergipe é Mangue Seco, lindo!
- Ó, Dionete! Traz o licor
de jenipapo. Tem visita!
Na chegada, já aperta a
saudade:
“Não posso ficar nem mais um minuto com
você...”
- Mande lembranças pra
mainha e um “cheiro” em painho...
Na saída “Volte sempre,
minha casa é sua casa.”
Este é o brasileiro do
agreste: divide o pouco da mesa por ter muito no coração!
Gente!!
Nasci Sudeste.
Mas meu coração é Cariri e
planeja o cafuné na rede,
O sal do mar azul,
O sol na areia branca,
Um dia... Um dia...
Meu coração é Cariri,
Mas por enquanto, Sudeste.
Fico saudades...
Silêncio...
Jairo Malta
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